quarta-feira, março 15, 2006

Cavo

Cavo em ti palavras que me carecem,
sentenças que não consigo expressar.


Emaranhado em um todo.
Um nada.
Um sempre.

Devorado pelos sentidos,
todos em um palpitar,
de língua, verso,
e oração.

A tentação …
Pelos olhos,
vítreos…, etéreos,
os teus….


Cerram os lábios,
esmorecem as palavras.

O meu corpo grita,
toda a minha alma clama,
um simples viso teu,
um sorriso,
frágil, belo

apaixonado, amante.

Atento à raiva do silêncio,
que insiste permanecer oculto,
mas presente,
em minhas letras
meus versos
minhas canções.

2 Comments:

Blogger Joaquim Amândio Santos said...

e coloco em oferenda amiga uma crisálida em vias de adquirir as asas que a transformarão numa borboleta-poema:
"
PLEITO

mais do que serem fruto salgado
de um lamento,
o que deve encher as lágrimas
é o desejo
de percorrerem os sulcos do corpo
até desaguarem nos lábios,
já perfeita seiva,
fluxo deliciosamente selvagem.

Um rio de mel.
"

um profundo abraço amigo

4:51 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Miguel, a surpresa destes poemas em mim não cabe, fica um beijo desta que de ti ainda nada conhece...
Lipa

5:43 da tarde  

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