Cavo
Cavo em ti palavras que me carecem,
sentenças que não consigo expressar.
Emaranhado em um todo.
Um nada.
Um sempre.
Devorado pelos sentidos,
todos em um palpitar,
de língua, verso,
e oração.
A tentação …
Pelos olhos,
vítreos…, etéreos,
os teus….
Cerram os lábios,
esmorecem as palavras.
O meu corpo grita,
toda a minha alma clama,
um simples viso teu,
um sorriso,
frágil, belo
apaixonado, amante.
Atento à raiva do silêncio,
que insiste permanecer oculto,
mas presente,
em minhas letras
meus versos
minhas canções.
2 Comments:
e coloco em oferenda amiga uma crisálida em vias de adquirir as asas que a transformarão numa borboleta-poema:
"
PLEITO
mais do que serem fruto salgado
de um lamento,
o que deve encher as lágrimas
é o desejo
de percorrerem os sulcos do corpo
até desaguarem nos lábios,
já perfeita seiva,
fluxo deliciosamente selvagem.
Um rio de mel.
"
um profundo abraço amigo
Miguel, a surpresa destes poemas em mim não cabe, fica um beijo desta que de ti ainda nada conhece...
Lipa
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