domingo, junho 13, 2010

Abraço


Abraço o negro,
A penumbra da solidão,
Que me afunda, no retiro término.

Olho o vazio,
Observo o imaginário doce,
Que move-se até ti,

Doce afago.

O teu…

Clamo por ti aos ventos que me envolvem,
Nada respondem…
Mudo silêncio.

Onde perdura tua morada?
Feitiço divino que me assombra,
Sombra de luz celeste,
Guia de meu caminho, de encontro ao teu regaço,

Minha morada…

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domingo, janeiro 20, 2008

Demanda...

Demanda de uma musa na imensidão do tempo.
Aí vasculho partículas até te encontrar.
Até uns olhos doces e ternos.
Teus serenos…

minha perdição.

Embriago-me em teu sorriso

enquanto que a fome é saciada...

no apaixonado calor do teu regaço.
Como se o vazio flutuasse poesia
de onde recolho o amor, que ternamente te levo aos lábios,
suaves e quentes…
e palpita,
toda esta corrente me consome,
como a seiva que brota constante dentro do meu sopro…
que incessantemente clama por ti.

E sorrio…

Ainda levado pela plenitude da lembrança que me persegue.
Teus vítreos olhos…

Teu aroma de seda mimosa ainda perdido pelo vasto sentido do meu olfacto…

Teu toque, ainda vagueia nas vastas áreas da minha pele em busca do teu norte,

Rumo ao teu porto…

Meu coração…

Sempre teu…
Foto de: Aline

A noite...

A noite envolveu-me em terno afago,
Num manto frio,
Com a falta do teu calor,

Sorri…

Embora perdido, no desatino da procura.
Insisti na questão feita à deusa dos amantes,
À qual em silêncio me responde.

Persisto na conquista dos trovantes,
Que perdem a poesia solta da alvorada.
Qual dádiva matinal na brisa abençoada.

Para ti em oferenda,
Toda a canção que ostento,
E rezo.
Pela continuidade da lágrima que solto,
E sinto
Sempre que assisto ao enleio dos amantes,

Eternos…

Como as árias que em segredo te entrego,
Eterna companheira das auroras…

O meu sorriso…



Foto de: André Viegas

terça-feira, novembro 28, 2006

Sou

Sê a borboleta que me encanta,
em seu suave palpitar, ternura!
Sê a brisa em terno afago que abraço,
solitário no vazio desta demanda.

Sou teu reino,
teu principe vagabundo
em teu reino de luar, e contudo,
não te encontro.
Sinto tua energia...
teu suspirar...
a reação é mutua e sincronizada.
No vazio procuro-te,
sinto que quase alcanço-te mas escapas-me.

Sinto-te perto, tão perto...

terça-feira, junho 20, 2006

Procuro...

Procuro desvairado um verso.
As palavras faltam no meu fado.

Procuro erradamente um aceno,
Que me afoga,

Em teu viso,

Teu sorriso,

Teu encanto.

Malvada brisa do despertar
Que conduz tamanha demanda
Ao debate dos mais fortes.

Suspiro do meu ser,
Que aclara, embora tímido
Uma áurea de conivência,
Afecto…
Respeito…

Aurora da minha saudade,
Que caminha ao paladar do tempo,

Teu fado,

Com paixão…

Poesia…

E mar.




Foto de Alexandre Costa

quinta-feira, junho 01, 2006

Sorrio...


Sorrio…

Levado pela plenitude da lembrança
Que me persegue.

Teu viso,

Teus vítreos olhos,

Teu aroma de seda mimosa,

Teu toque,

Ainda perdido, de encontro ao teu porto,

Meu coração…

Sempre teu.




para ti, musa do meu amanhecer


foto de Ivone Peoples

domingo, maio 21, 2006

Escuto



Escuto atento o murmúrio do vento,
Espero por novas de um longe tão próximo.

O teu.

Procuro sentir de novo as batidas do teu sopro
Procurando pelo meu,
Como se o caminho fosse análogo.

Sinto teu enleio vazio,
Encolhido,
Deambulando pelo expresso,
Demandando os meus,

Sós.

Demanda carente de saudade,
Onde sossegava,
Qual expressão de conivência,
Segurança
E afecto.

Teu ponto de refúgio,

Meu regaço.



para ti, musa do meu amanhecer...


Foto de Luis Pinto

quarta-feira, maio 10, 2006

Alimento

Alimento esta vontade suprema,
De minhas retinas escravas,
Contemplarem tua pálida figura

Tuas mãos acariciam,
Meu viso, num sentido
Desesperante de sentir

As reflexões que flúem do meu ser,
Vagueiam em busca do teu porto.
Onde me encontro.
Onde me entrego.
Onde atraco
Rendido em teus braços
Qual marinheiro fatigado
Pelo estigma da saudade.

Velas abençoadas pelo gigante
Que me orientou ao teu encontro,
E fez do teu…

O meu porto.