domingo, janeiro 20, 2008

Demanda...

Demanda de uma musa na imensidão do tempo.
Aí vasculho partículas até te encontrar.
Até uns olhos doces e ternos.
Teus serenos…

minha perdição.

Embriago-me em teu sorriso

enquanto que a fome é saciada...

no apaixonado calor do teu regaço.
Como se o vazio flutuasse poesia
de onde recolho o amor, que ternamente te levo aos lábios,
suaves e quentes…
e palpita,
toda esta corrente me consome,
como a seiva que brota constante dentro do meu sopro…
que incessantemente clama por ti.

E sorrio…

Ainda levado pela plenitude da lembrança que me persegue.
Teus vítreos olhos…

Teu aroma de seda mimosa ainda perdido pelo vasto sentido do meu olfacto…

Teu toque, ainda vagueia nas vastas áreas da minha pele em busca do teu norte,

Rumo ao teu porto…

Meu coração…

Sempre teu…
Foto de: Aline

A noite...

A noite envolveu-me em terno afago,
Num manto frio,
Com a falta do teu calor,

Sorri…

Embora perdido, no desatino da procura.
Insisti na questão feita à deusa dos amantes,
À qual em silêncio me responde.

Persisto na conquista dos trovantes,
Que perdem a poesia solta da alvorada.
Qual dádiva matinal na brisa abençoada.

Para ti em oferenda,
Toda a canção que ostento,
E rezo.
Pela continuidade da lágrima que solto,
E sinto
Sempre que assisto ao enleio dos amantes,

Eternos…

Como as árias que em segredo te entrego,
Eterna companheira das auroras…

O meu sorriso…



Foto de: André Viegas