A noite...
A noite envolveu-me em terno afago,
Num manto frio,
Com a falta do teu calor,
Sorri…
Embora perdido, no desatino da procura.
Insisti na questão feita à deusa dos amantes,
À qual em silêncio me responde.
Persisto na conquista dos trovantes,
Que perdem a poesia solta da alvorada.
Qual dádiva matinal na brisa abençoada.
Para ti em oferenda,
Toda a canção que ostento,
E rezo.
Pela continuidade da lágrima que solto,
E sinto
Sempre que assisto ao enleio dos amantes,
Eternos…
Como as árias que em segredo te entrego,
Eterna companheira das auroras…
O meu sorriso…
Foto de: André Viegas
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