quinta-feira, março 23, 2006

Deixa-me


Deixa-me sentir-te
na mais pura sensação,

um arrepio.

para que a lembrança me persiga
num tempo etéreo,
num tempo presente,
a doce ternura de um beijo .

Deixa que o meu oriento siga a intuição
e deixe atracar no seio do teu sabor
todo um calor...

o meu...

para que em ti,
permaneça todo um sentir,
toda uma oração de continuidade,
todo um sacrifício,
para saciar o vício,
do meu sopro.

uma incessante necessidade de fôlego.

quarta-feira, março 15, 2006

Cavo

Cavo em ti palavras que me carecem,
sentenças que não consigo expressar.


Emaranhado em um todo.
Um nada.
Um sempre.

Devorado pelos sentidos,
todos em um palpitar,
de língua, verso,
e oração.

A tentação …
Pelos olhos,
vítreos…, etéreos,
os teus….


Cerram os lábios,
esmorecem as palavras.

O meu corpo grita,
toda a minha alma clama,
um simples viso teu,
um sorriso,
frágil, belo

apaixonado, amante.

Atento à raiva do silêncio,
que insiste permanecer oculto,
mas presente,
em minhas letras
meus versos
minhas canções.

segunda-feira, março 06, 2006

Procuro


Procuro no calor que de ti exala,
Pura razão do meu sopro.


Nos teus lábios o Graal,
causa das minhas sedes eternas.

Em teus olhos a luz,
minha guia,
de encontro ao teu caminho.

Em teu sorriso a força,
cúmplice do abraço às tuas laceras.

A cada teu gesto um atino,
Como de tua sombra se tratasse.

Deixa-me ser teu, nem que por um segundo;
Que a tormenta permita um teu afago,

e me transporte na alucinante viagem do meu sentir;

Como vassalo menino do teu encanto.

sexta-feira, março 03, 2006

Dor


Amei-te, mesmo antes de ser vida
Trazia em mim,
pétalas que ostentam
pedaços do teu sorriso,
pedaços da tua vida
catalogada,
em pálpebras de água
que ternamente insistem,
em fluir
numa raiva, que não conheço,
não mereço, não a sinto;
mas minto, quando afirmo que não te amo;
mas contudo, faltas-me...

E o sopro obriga
ao desfalecer de ideias,
ao renascer da luz,
ao desejo insano de um inicio
o meu reecontro com a inocência
o retorno ao meu paraiso de vénus
.