Invoco
Invoco de novo a mim o dia da criação
Invoco-o para o amaldiçoar desta demanda
Desta poderosa luz que me conduz
E me favorece a fuga deste casulo
De onde bem antes da matilha escapo
Buscando uma rota, uma fronteira para a interrogação
Quando nas entranhas um frémito absinto me consome.
Num eco gelado, vejo meu epitáfio,
Meu purgatório das almas,
Nele busco permanecer
Como marina para namoro vassalo
Onde pinto
nesta tela tingida por paleta de verbo, sal e negra tinta,
Las Vegas,
Um cristal de lágrima,
Um fecho de requiem para crisálida,
Uma missiva de sopro
Um iceberg sem porto
Na qual pela força da culatra
Identifico-me a título póstumo
Querendo conhecer para lá do mar
Nova vida, a qual ostento dizer
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